O trabalhador tem trocado refeições por lanches, salgadinhos, pastéis ou outros alimentos, normalmente ricos em gordura e ultraprocessados. Só para se ter uma ideia, um almoço em São Paulo não sai por menos de R$ 40, já o lanchinho custa até R$ 15. Dados recentes apontam que o preço das refeições fora de casa subiu em média 21%. Em tempos de inflação alta dos alimentos, essa troca não tem efeito apenas no bolso, mas principalmente na saúde, pois, via de regra, lanches são menos nutritivos e pouco saudáveis.
A nutricionista Patrícia Campos Ferraz, da Faculdade de Saúde Pública da USP, especialista em biologia funcional e molecular, explica o risco que esses alimentos causam à saúde. A crise diminuiu o consumo de proteína de origem animal. Uma ótima oportunidade de valorizar outros produtos, como, por exemplo, o ovo, um alimento que acaba sendo palatável para todos os bolsos e gostos. “O ovo é uma excelente opção, porque tem proteína e ferro, além de vitamina B12 em boas quantidades também, talvez não tanto quanto a carne, mas em excelentes quantidades, e tem um excelente custo-benefício, é um alimento muito versátil, que apresenta muitas formas de preparo”, diz Patrícia.