Deslumbrados com o bom futebol e o elenco galáctico do Flamengo criticaram o 2-0 no jogo de ida das semifinais da Libertadores contra o Barcelona de Guayaquil como se o resultado no Maracanã fosse magro demais. Bobagem. E das grandes.
Mesmo com a torcida (presente no estádio) empurrando e com um a mais durante todo segundo tempo, a vitória rubro-negra por dois gols foi excelente. O time de Renato Gaúcho obriga a bem montada equipe equatoriana se lançar ao ataque nesta quarta-feira. O que, convenhamos, é um plano tão necessário quanto arriscado tendo em vista o poder de fogo de um ataque que tem Bruno Henrique e Gabigol em ótima fase e ainda contará com retorno de Arrascaeta. Um deleite ao prazer.
Posto isso, uma eliminação do Mengão Malvadão em Guayaquil seria descompasso total, além de uma maldade sem tamanho com esse time que joga por música.
A não ser que o Barcelona, duas vezes finalista da Libertadores (1990 e 98), apronte, teremos uma final brasileira. Eis a questão: Atlético-MG ou Palmeiras? Quem passa?
Pressionado após a derrota no dérbi contra o Corinthians, Abel Ferreira não é unanimidade entre os palmeirenses, mas de bobo não tem nada. Sabe que seu time, embora esteja entre os melhores do Brasil, fica atrás do Galo.
Os mineiros jogam em casa e com presença de torcida. Bom ou ruim? Pressão? Pra quem? Num cenário recheado de emoções, estar com a faca e o queijo na mão ou apenas com ela no pescoço é questão de narrativa. E essas narrativas mudam a cada volta do ponteiro. Um gol, apenas um gol do Palmeiras muda tudo e joga toda pressão para o lado do Atlético.
Só para refrescar a memória: Pelo regulamento da Libertadores, em caso de empate com gols, a vaga na final será do Palmeiras. Qualquer vitória leva o Galo à decisão. Outro 0 a 0 levará a disputa para as penalidades máximas. É emoção que você queria?