Após levantamento realizado junto aos serviços veterinários estaduais que integram o Plano Estratégico do Programa Nacional de Vigilância da Febre Aftosa (PE-PNEFA), o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) optou pela inversão nas etapas de vacinação contra febre aftosa em 10 estados para este ano.
Com isso, a primeira etapa de imunização será realizada durante o mês de maio para bovinos e bubalinos de até 24 meses, e a segunda etapa ocorrerá no mês de novembro para todo o rebanho. A medida tem por objetivo igualar a demanda de vacinas contra febre aftosa ao cronograma previsto de produção da indústria.
A vacinação do rebanho em dia é um dos requisitos para que o produtor seja selecionado como beneficiário do programa +Pecuária Brasil, o maior programa de melhoramento genético da pecuária familiar brasileira, criado pela CONAFER em parceria com a empresa de expertise na reprodução animal e líder mundial em genética bovina, a Alta Genetics.
Os pecuaristas interessados em participar do programa devem permanecer atentos ao calendário de vacinação para o ano de 2022 divulgado pelo Mapa, mantendo seu rebanho devidamente imunizado.
Os estados que compõem o Bloco IV e tiveram invertidas as etapas de vacinação contra a febre aftosa são: Bahia, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Rio de Janeiro, Sergipe, São Paulo, Tocantins e Distrito Federal. De acordo com as informações levantadas, a estimativa é de que, nestes estados, aproximadamente 61,3 milhões de bovinos e bubalinos de zero a 24 meses sejam imunizados durante o mês de maio deste ano.
O primeiro estado a adotar essa estratégia de inversão na etapa de vacinação do rebanho foi o Espírito Santo, e obteve resultados tão satisfatórios, que serviu de referência para que ela fosse ampliada para as outras dez unidades da federação. A ação deve proporcionar a oferta de vacinas em um patamar adequado a fim de assegurar que os índices vacinais desses animais continuem em níveis satisfatórios, e evitando prejuízos à certificação brasileira enquanto país livre desta doença.
Os pecuaristas devem estar atentos às modificações realizadas no calendário de vacinação para não colocarem seus rebanhos em risco. O Mapa avalia, para a segunda etapa da campanha, a possibilidade de que os produtores solicitem junto aos serviços veterinários estaduais a imunização de seus animais a partir de primeiro de outubro, ou postergá-la para o mês de dezembro, a fim de que não seja comprometido o planejamento reprodutivo no rebanho, reduzindo os índices de prenhezes devido ao manejo dos animais durante o período vacinal.