O bilinguismo está se destacando e vem ganhando força, não só no Brasil, mas em todo o mundo. Mesmo com esse avanço, muitas pessoas ainda se perguntam o que é o bilinguismo e se ele pode afetar no desenvolvimento dos pequenos, além de outras dúvidas que envolvem a temática.
Em virtude desses constantes questionamentos, por meio do projeto "Conexão Família-Escola", o Colégio Nossa Senhora Aparecida , que fica em Araçatuba (SP), realizou um bate-papo na última semana, abordando o assunto com uma especialista.
Para falar sobre o tema, o colégio recebeu a palestrante Luciana Brentano, que é doutoranda em psicolinguística e mestre em letras, além de ser especialista em bilinguismo, neurocognição e aprendizagem de línguas estrangeiras. Ela é integrante do laboratório de bilinguismo e cognição da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul) e do Bilingualism, Mind, and Brain lab, da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos.
Bilinguismo na escola
Devido à atual importância do aprendizado de um segundo idioma, muitos pais optam por colocar os filhos ainda pequenos para aprender uma segunda língua, que na maioria das vezes, é o inglês. Por isso, muitos acabam optando por escolas que já tenham o ensino bilíngue.
“As crianças que desenvolvem um cérebro bilíngue têm grandes chances de sucesso na vida, além do próprio fator do processamento cognitivo diferenciado em virtude do bilinguismo. Ser bilingue possibilita a transição dos pequenos entre as diversas línguas, trazendo para o futuro até uma boa qualificação profissional”, explica Luciana.
Desenvolvendo o cérebro
Muitas pessoas dizem que o bilinguismo pode trazer malefícios para os pequenos, situação que foi desmentida pela profissional. “O bilinguismo só traz benefícios para as crianças. Ele desenvolve o cérebro, o que passa a ser um exercício cognitivo que ajuda as crianças no próprio desenvolvimento na escola por meio das línguas”, comentou.
A escola é a peça fundamental para o desenvolvimento do bilinguismo na vida dos estudantes, principalmente a forma com que ela vai abordar outras línguas com as crianças.
“Quando uma escola realiza uma implantação positiva do ensino bilíngue onde as crianças podem brincar e experenciar as línguas de uma forma positiva, as crianças automaticamente vão apender e se desenvolver de uma forma muito positiva. É fundamental trabalhar o bilinguismo de uma forma leve, lúdica e feliz, o que ajuda muito no desenvolvimento dos pequenos”, frisou.