Preso desde 29 de setembro, quando foi deflagrada a Operação Raio X, o vereador de Birigui (SP) José Roberto Merino Garcia (Avante), o Paquinha, recebeu 68 votos nas eleições de domingo (15) e aparece no site do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) como vereador eleito como suplente.
O parlamentar, que teve a vaga ocupada por Aladim José Martins (PTB) duas semanas após ser preso, é réu em processo por peculato, acusado de receber R$ 5 mil mensais para defender os interesses do suposto grupo criminoso liderado pelo médico anestesista Cleudson Garcia Montalli, também de Birigui.
Ele foi transferido para o CR (Centro de Ressocialização) de Araçatuba em 29 de outubro, onde também está Cleudson e outros três réus em processos que tramitam na Justiça de Birigui e de Penápolis.
Queda
Comparando com a eleição anterior, Paquinha teve redução significativa em seu eleitorado. Em 2016, quando já era vereador e concorreu novamente a uma vaga no Legislativo municipal, ele recebeu 1.175 votos, sendo o sétimo candidato mais votado entre os 17 eleitos na ocasião.
A Câmara de Birigui atualmente tem 17 parlamentares, mas projeto aprovado em fevereiro reduziu para 15 no número de cadeiras para a próxima legislatura.
O projeto que permitiu a redução foi apresentado pelo vereador Leandro Moreira (PTB), que não conseguiu se reeleger. Com 698 recebidos, ele também conseguiu uma vaga de suplente.