Mais atenção às filiações
A partir de agora cada federação deve ser entendida como se fosse um partido. Nesse sentido, para todos os efeitos de proporcionalidade partidária, como para a distribuição das comissões, cada federação deverá ser tratada como uma bancada.
Tendo em vista a obrigatoriedade de permanecer em um mesmo bloco e a necessidade de tornar a atuação política ainda mais próxima,
os candidatos às eleições municipais e estaduais de 2024 deverão conversar muito mais, antes de bater o martelo a respeito das próprias filiações.
Apesar da vigência por prazo indeterminado, as legendas que se unirem em uma federação deverão permanecer na nova instituição por, no mínimo, quatro anos. A possibilidade de ocorrerem rupturas existe, mas Mendonça alerta que a agremiação que se desligar antes do prazo determinado não poderá ingressar em outra federação e, ainda, não poderá celebrar coligação nas duas eleições seguintes - circunstância que pode afetar negativamente a governabilidade do candidato eleito.
O consultor de marketing político esclarece que a federação que se desligar também não poderá utilizar o Fundo Partidário durante o tempo que faltar para completar os quatro anos em que deveria estar na federação.
No entanto, a exceção a essa regra ocorre no caso de a federação ser extinta apenas porque os partidos que a compõem irão se fundir ou, então, porque um deles irá incorporar os demais.
Os partidos que decidirem ingressar em uma federação serão aliados nacionalmente, mas também estarão juntos nas disputas estaduais e municipais, o que os obriga a pensar mudanças nas articulações para sanar arestas regionais.
“Os pré-candidatos aos cargos municipais e estaduais de 2024 devem se lembrar que cada federação que vier a ser formada durará, pelo menos, por quatro anos.
Sendo assim, os partidos federados estarão juntos nas eleições municipais de 2024 e você deve avaliar os impactos destas agremiações para a sua campanha eleitoral
”, diz Mendonça.
Como mencionado, nas federações os partidos são obrigados a se unir de cima a baixo, condição essa que pode tornar difícil a articulação nas áreas regionais, estaduais e municipais para estabelecer as uniões que vinham sendo estabelecidas.
A obrigatoriedade de permanecer em um mesmo bloco deve estimular junções mais assertivas entre os partidos que possuem afinidades programáticas. Desta forma, a medida pode diminuir o risco de o eleitorado eleger candidatos com ideologias opostas, como ocorria nas coligações em eleições proporcionais.
Por fim, a mudança não irá atrapalhar os eleitores, que votarão "como votavam anteriormente, quando já tinham uma coligação”. Nas próximas eleições, os feitos das federações partidárias: a união de partidos e seus filiados em torno de programas com coerência nacional.
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