Em termos legais, os deepfakes flutuam em uma zona cinzenta de falta de regulamentação. Embora a tecnologia não existisse na época em que essa definição foi criada, a interpretação da lei pode variar conforme o tempo.
Os deepfakes esbarraram no conceito de “trucagem” estabelecido na lei 9.504, que
proíbe o uso de “montagens” em campanhas políticas, seja para ridicularizar ou beneficiar um candidato.
Como educar o eleitorado?
Listamos quatro aspectos importantes para preparar sua base de eleitores para reconhecer e combater futuras campanhas de desinformação. Nossa primeira orientação é: pause o vídeo, observe atentamente a imagem e busque cada um desse indícios:
1. Contorno do rosto de cores diferentes:
No contorno do rosto, é possível perceber diferenças de tonalidade na cor de pele? O principal desafio da pós-produção de deepfakes tem a ver com suavizar a transição entre o desenho do rosto do chamado “host” (o ator ou pessoa que terá o rosto substituído) e a personalidade que está sendo imitada.
2. Acessórios que não combinam:
Observe com cuidado acessórios, como brincos, pois muitas vezes os deepfakes substituem as jóias apenas de um dos lados da orelha, deixando o personagem descombinado.
3. Atenção aos olhos:
O padrão de piscadas dos deepfakes pode ficar esquisito e inconsistente.
4. Óculos são mais difíceis de manipular:
Os reflexos da lente são difíceis de replicar ou remover em deepfakes e podem ser indícios de fraude. A maneira mais eficiente de proteger uma pessoa de ser transformada em deepfake, é colocar um óculos nela.
A maior aliada contra a desinformação é a checagem dos fatos.
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