A Agem (Agência Metropolitana de Sorocaba) informou ao Hojemais Araçatuba que não possui nenhum assunto que se relacione com o município de Birigui (SP), nas questões metropolitanas e funções de apoio.
A reportagem enviou e-mail à autarquia estadual, que é vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Regional, após a Comissão Processante que investiga suposta fraude no contrato de gestão do pronto-socorro de Birigui informar que o secretário municipal de Governo, Paulo Henrique Marques de Oliveira, não esteve na agência em 8 de julho, como ele declarou em depoimento.
O documento encaminhado à CP, em resposta a ofício, é assinado pelo diretor adjunto da Agem, Fabiano Doretto Pagioro, com data de 17 de dezembro. Ele informa que na referida data a autarquia exercia suas atividades em regime de teletrabalho, em função da pandemia.
Declaração
No e-mail, a reportagem informou à Agem que já havia sido apresentada à CP outra declaração, assinada pelo diretor adjunto técnico, Márcio Tomazela, em 8 de julho, dia da suposta visita, afirmando que Paulo Henrique esteve presente naquela data nas dependências da autarquia, para conhecer a política de Governança Interfederativa da Autarquia.
Questionado se isso poderia configurar falsificação de documento e se seria instaurado algum procedimento para investigar o caso, a Agem informou que: “possui independência administrativa e financeira, inclusive para instauração e apuração de irregularidades, se houver”.
Reafirmou
Na terça-feira, Hudson Nilton Ramos, que foi citado como a pessoa que recebeu o secretário de Governo de Birigui na Agem, registrou uma declaração em cartório afirmando que o recepcionou em 8 de julho.
Ele disse que na ocasião exercia o cargo de diretor técnico da Agem e recebeu Paulo Henrique, que lhe foi apresentado pelo advogado Thiago Zingarelli, na antessala da Secretaria da Fazenda, que é o prédio onde a autarquia está instalada, apesar de o atendimento presencial estar suspenso.
Ainda de acordo com Hudson, por equívoco os atuais diretores não se recordaram de perguntar a ele se havia recebido Paulo Henrique ao receber o ofício enviado pela Comissão da Câmara de Birigui.
Zingarelli é advogado da BHCL (Beneficência Hospitalar de Cesário Lange), OSS (Organização Social de Saúde) que foi contratada emergencialmente para gerenciar o pronto-socorro de Birigui. Esse contrato, no valor aproximadado de R$ 2,3 milhões mensais, é o alvo da investigação.