Os organizadores também postam informações que ajudam a preparar o autor para a escrita. Uma das orientações é manter ao lado da cama uma caneta e um caderno ou bloco para anotar ou um gravador. Escreva ou grave sobre o sonho da forma como ele vir à cabeça antes de se levantar, para evitar se esquecer dos detalhes.
Caso haja dificuldade com a escrita, a página também disponibiliza conteúdo sobre escrever com criatividade, por meio de parceria com o professor de língua portuguesa e literatura, Luciano Melo.
O que são os sonhos?
Para a psicologia, Simone explica que os sonhos têm diversas funções, desde processar a aprendizagem com o armazenamento e organização das memórias, à trazer elementos inconscientes que, quando acompanhados por um profissional, podem ter um efeito terapêutico para o indivíduo. Os sonhos ainda podem nos preparar para o dia seguinte e até nos ajudar em momentos de decisão.
“Para a psicanálise, possuímos um modo de segurança que nos retira do sonho quando seu conteúdo for extremamente perturbador com a finalidade de manter nossa saúde mental. No momento do sonho em que você precisa enfrentar um monstro terrível e que percebe que não vai dar conta, você acorda”, conta Simone.
Relatos
Simone e Rafael contam que têm recebido sonhos em que as pessoas criam monstros e precisam acabar com eles porque se sentem responsáveis pela sua criação.
“Tem pessoas que sonham de forma recorrente que estão morando em outro país. Os sonhos coincidem com fuga. Ora fugindo de um monstro (nesse caso pode ser o vírus), ora mudando de país (um lugar onde a ameaça encontra-se mais controlada), etc”, completa Simone. No site, é possível ver alguns trechos de sonhos já enviados.
“Compartilhar os sonhos com quem tem interesse, oferece acolhimento, o indivíduo sente-se parte do inconsciente coletivo (aqui seria uma espécie de lugar onde estamos falando a mesma língua e sentindo os mesmos efeitos pandêmicos) e percebe que não está sozinho”, finaliza a profissional.