O comerciante Wagner Perfeto Fornos, 52 anos, morador no bairro Moimaz, em Birigui (SP), se apresentou à polícia espontaneamente para dar cumprimento a mandado de prisão preventiva expedido pela Justiça local, em processo que investiga o desvio de dinheiro público da área da Saúde por meio de OSSs (Organizações Sociais de Saúde).
Ele é casado com Lidiane da Silva Cândido Fornos, presa temporariamente durante a Operação Raio X, deflagrada em 29 de setembro pela Polícia Civil de Araçatuba. Na ocasião ele não foi localizado.
A reportagem apurou que, em depoimento, ao se apresentar no plantão policial na terça-feira (13), o comerciante confessou ter movimentado aproximadamente R$ 500 mil do grupo investigado.
O depoimento foi prestado na presença de uma advogada e, segundo o que foi apurado pelo Hojemais Araçatuba, essa movimentação financeira ilegal teria ocorrido entre o final do ano passado e meados deste ano.
Lavagem de dinheiro
Segundo o que foi apurado pela reportagem, Fornos participaria da organização investigada, junto com a mulher, justamente disponibilizando as contas bancárias para movimentações financeiras do grupo.
O objetivo era dar aparência lícita ao dinheiro obtido, por meio das supostas atividades criminosas, dificultando a fiscalização dos órgãos responsáveis e ocultando o destinatário final dos valores.
O casal ainda seria responsável por sacar esse dinheiro em Birigui para ser entregue ao líder, apontado como sendo o médico Cleudson Garcia Montali.
Segundo o que foi apurado pela reportagem, o comerciante confirmou que tanto ele como a esposa emprestaram as contas aos réus e movimentaram aproximadamente R$ 500 mil que teria sido obtido de forma criminosa pelo grupo investigado.
Foragidos
O casal foi denunciado pelo Ministério Público por integrar associação criminosa e as denúncias foram acatadas pela Justiça de Birigui, que converteu a prisão temporária do comerciante em preventiva.
Já no caso da esposa dele, foi concedida a liberdade provisória e expedido o alvará de soltura para que responda ao processo em liberdade.
Com a prisão de Fornos, restam dois investigados com as prisões decretadas considerados pelo Justiça e considerados foragidos, que são os advogados Luciano Abreu Oliveira e Júlio César Arruda Rodrigues.