O araçatubense e jornalista, o primeiro-tenente Edwaldo Costa, acompanhou por 31 dias uma expedição científica inédita nas ilhas de Martin Vaz e Trindade. A viagem, que teve início em março e foi finalizada em abril, contou com o navio hidroceanográfico “Almirante Graça Aranha”.
A Ilha de Martin Vaz é um local desconhecido por muitos brasileiros e pesquisadores; está localizada no território mais a leste do Brasil, a 1.200 km de Vitória (ES) e a 1.550 km do Rio de Janeiro (RJ), na ponta de uma cadeia de montanhas vulcânicas submersas - Cadeia Vitória-Trindade. A região é de interesse para o País devido à localização estratégica e riquezas naturais, ainda pouco exploradas, principalmente nas áreas científica e ambiental.
A expedição partiu de Niterói (RJ) e contou com a participação de 117 pessoas a bordo, entre militares e pesquisadores. A viagem envolveu pesquisas realizadas pela Marinha do Brasil, UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro) e FURG (Universidade Federal do Rio Grande), nas áreas de meteorologia, oceanografia, geofísica, geologia, história e meio ambiente.
Para Costa, que também é aluno do pós-doutorado em história na UnB (Universidade de Brasília), vivenciar a oportunidade é gratificante, como pesquisador e jornalista, já que pôde documentar o trabalho realizado pela Marinha do Brasil e pela comunidade científica nas ilhas em prol do desenvolvimento do País, da preservação ambiental, da ciência, da tecnologia e também da garantia da soberania.
Expedição
As ações de pesquisas científicas nas ilhas oceânicas foram coordenadas pelo capitão de mar e guerra e vice-secretário da Comissão Interministerial para os Recursos do Mar, Rodrigo Otoch Chaves. Em reportagem realizada para a Agência Marinha de Notícias, ele destaca que a expedição foi a primeira que pesquisadores e militares pernoitaram na desabitada Ilha de Martin Vaz. “Por tratar-se de um lugar de difícil acesso, com cerca de 180 metros de altura, a logística envolveu o navio, o helicóptero e o auxílio dos fuzileiros navais para a montagem do acampamento e técnicas de montanhismo”.