Considerada símbolo de revoluções sociais e liberdade, a técnica tie-dye – que significa “amarrar e tingir” – foi amplamente difundida, principalmente, nas décadas de 60 e 70, com o movimento hippie. A estampa voltou ao auge no mundo da moda nos anos 90 e agora, conquista seu espaço mais uma vez no universo fashionista.
Considerando a tendência, a empresária e estilista Mara Maia, que possui a loja Mara Maia de alta costura, em Araçatuba (SP), decidiu criar peças utilizando a técnica. A coleção de roupas tie-dye chamou a atenção do editor de moda e estilista, Márcio Vicentini, o que culminou em um convite para o desfile digital Garden Digital Show, com outras marcas nacionais.
O evento on-line, gravado no dia 12 de agosto no restaurante Antonella, em São Paulo, será transmitido nesta quarta-feira (19), às 20h, no Instagram e Youtube do desfile.
A marca local integra o time composto por nomes como We Oui, Vanessa Abbud e Viviane Furrier.
As fotos registradas no dia do desfile serão divulgadas na Vogue e Bazaar. No total, a marca colaborou com 12 looks.
Dia a dia
Toda coleção tie-dye foi criada nesta pandemia, mesmo com a loja fechada, conta Mara. Enquanto outras marcas estavam fazendo moletom utilizando a técnica, ela criou vestidos para o dia a dia, apostando na profusão de cores e modelos. Como a proposta era ter uma coleção leve, o algodão foi tecido escolhido pela estilista.
“Fez um sucesso grande, porque a quarentena deixou todo mundo mal. Então, chegam essas roupas, com essas cores, e causaram um frisson. Como não podia sair de casa por causa da quarentena, fiz roupas de ficar em casa, como vestidos e pijamas de algodão”, detalha Mara, que trabalha no segmento há 40 anos.