O Brasil como nação tem muitas forças das quais se orgulhar. Entretanto, a mais poderosa dessas fortalezas é a nossa cultura. A multiplicidade de culturas existentes ao longo dos milhões de quilômetros quadrados que constituem o país é um dos elementos que mantém e manterá o Brasil como uma nação relevante no contexto internacional por décadas, senão séculos.
Uma das expressões culturais mais relevantes do Brasil é o nosso futebol. Em comparação a seus vizinhos, o país começou tarde a praticar a arte originária da Grã-Bretanha, com clubes dedicados ao esporte surgindo apenas no
começo do século passado
. Mas logo deixamos de lado a posição de aprendizes e viramos mestres do campo e bola, provando tal superioridade em encontros de seleções dentro e fora da América do Sul.
Nosso país e sua representante internacional, a Seleção Brasileira, mantêm tal posição de superioridade há algumas décadas. Mesmo sem saber o que é ganhar uma Copa do Mundo há quase 20 anos, vitórias na Copa América – como a ocorrida em 2019 – e o fato de nossos atletas continuarem a fazer parte dos
elencos mais caros
e talentosos dos clubes mundiais servem de lembrança para nossos adversários. Muito em breve essa posição será colocada à prova mais uma vez na próxima Copa América, que acontecerá um ano e meio antes da Copa do Mundo no Qatar.
Eliminatórias como “aperitivo” para a Copa América
O Brasil e os brasileiros nunca foram avessos à realização de grandes eventos. Fomos anfitriões da Copa do Mundo em 1950 e 2014, e nossos Carnavais servem como
“porto seguro”
para milhões de turistas ano a ano. Então, quando somos chamados para atuar em tais palcos, vê-se uma naturalidade em performance de causar inveja.
Tal naturalidade é algo que ocorre até mesmo quando se realizam convocações para palcos menores, como as eliminatórias para a próxima Copa do Mundo. O Brasil enfrentou o Paraguai na casa do oponente e teve uma excelente performance na vitória por 2 a 0 no Estádio Defensores del Chaco, com destaque para uma atuação de gala do astro Neymar.
Inadvertidamente, as eliminatórias para a próxima Copa do Mundo têm servido como um excelente preparo às seleções sul-americanas para a Copa América vindoura. Desta vez, a competição terá como participantes somente as 10 seleções que fazem parte da CONMEBOL – Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Paraguai, Peru, Uruguai e Venezuela – em vez de ter mais seleções convidadas para completar 12 ou 16 competidores. Mas as boas emoções ainda estão garantidas, mesmo com o número reduzido de participantes no torneio.
De acordo com informações do
portal Globoesporte
, a Seleção Brasileira na Copa América 2021 terá uma composição bem parecida com a que atuou nos jogos de eliminatórias da Copa do Mundo. Isso explica em boa parte o favoritismo do Brasil em plataformas de
apostas esportivas
como a Betway, em que a Seleção lidera a lista de potenciais campeões do torneio com 53% de chances de levantar a taça em julho. Sua rival mais próxima é a Argentina, com chances de vitória cotadas a 27%, quase metade das chances brasileiras.
Disposição para desbravar terras desconhecidas
A quantidade de jogadores formados no Brasil, muitos deles de grande qualidade para mercados externos, faz com que o sonho de atuar na Seleção seja algo reservado apenas para aqueles que conseguem alcançar e se manter no topo da
“cadeia alimentar”
por anos a fio. Isso exige um nível de dedicação e talento descomunal, principalmente em comparação a países menores que não produzem tantos bons atletas de futebol quanto o Brasil.
Mas mesmo que este sonho não seja alcançado por boa parte dos jogadores do esporte, isso não significa que outros não possam ser realizados através do futebol. Ainda mais considerando o
“efeito exportação”
que ocorre no mercado de transferências nacional, com jogadores dispostos a explorar
terras bem além do Brasil
para tirar seu ganha-pão e manter vivo o sonho de manter seus ganhos através da vida de atleta.
Foi o que ocorreu com o atacante Johnathan, que em 2014 aceitou o desafio de atuar no futebol coreano. Natural do noroeste do estado de São Paulo, o ex-jogador do Goiás fez um sucesso estrondoso em sua passagem pelo país. Logo depois ele foi convidado para atuar na China, onde está até hoje, primeiro jogando pelo Tianjin TEDA e depois pela equipe Chengdu Rongcheng.
A história de Johnathan é uma das muitas que mostram o impacto do futebol brasileiro em outros países, ajudando a cultivar a imagem do nosso país como a terra do futebol. Além disso, ela é exemplo do impacto financeiro que esse esporte tem para os atletas e até mesmo para a sua cidade natal, que no caso de Johnathan é Fernandópolis. A cidade ganha não só com a imagem do jogador, mas também com eventuais investimentos que ele faça em retorno à região, mostrando que no futebol toda energia mantém-se em movimento e tudo o que se ganha é compartilhado.