O pagamento de R$ 1,5 milhão a um médico pediatra, que também teria tido contrato firmado para administrar o pronto-socorro municipal de Araçatuba (SP), é alvo de requerimento protocolado pelo vereador Luís Boatto (MDB).
O documento tem como base as informações do Portal da Transparência, da Irmandade Santa Casa de Birigui, que é responsável pela gestão do pronto-socorro de Araçatuba. O valor é referente a um período de 18 meses – agosto de 2018 a fevereiro de 2020, por “serviços médicos” e “serviço de coordenação”, o que daria uma média de R$ 83 mil mensais.
Conforme os números apresentados pelo vereador à reportagem, o menor pagamento que consta no portal ao médico é de R$ 17.540,00, e o maior de R$ 74.328,66 (serviços médicos). O vereador afirma que há outros pagamentos fora desse período analisado.
Ainda segundo o parlamentar, o coordenador do pronto-socorro sempre foi Carlos Mori e não esse profissional que é de São José do Rio Preto.
“A secretária (Carmem Silvia Guariente) tem que se explicar. Nas escalas só tem dois plantões por semana. E tem mês que ele recebeu o valor correspondente a ter trabalhado dois plantões diários durante os 30 dias. Fiz esse requerimento, chegando a resposta vou dar continuidade e cruzar as informações. Mas esse valor pago em 18 meses está muito alto”, disse.
No requerimento, Boatto pede todas as notas fiscais de serviços prestados pelo profissional da saúde no PSM, cópias de todos os comprovantes pagos ao médico, bem como de todas as escalas de trabalho dele durante o período de serviço prestado, além de cópia do contrato dele com a Irmandade Santa Casa de Birigui.