Em nota, a bancada do MDB no Senado Federal reafirmou sua responsabilidade para com a condução equilibrada da pauta legislativa no atual cenário político, social e econômico, quando o país ainda sofre o impacto avassalador da pandemia do novo coronavírus.
A nota, explica que a independência no comando do Legislativo é de fundamental importância nesse período de crise, em que o interesse público precisa estar acima de qualquer disputa ideológica e política na reconstrução da economia e na imunização universal e gratuita contra a covid-19.
“É nesse cenário que a Bancada do MDB, com o maior número de parlamentares no Senado Federal, reafirma sua unidade em torno da candidatura da senadora Simone Tebet (MS) para a Presidência da Casa, na eleição do próximo dia 1º de fevereiro. A candidatura de Simone Tebet, que sempre primou por uma postura política independente e corajosa, é também uma manifestação do enorme respeito do MDB por todas as mulheres, que têm conquistado avanços significativos no Congresso Nacional e no Brasil, em diversas áreas”, diz a nota oficial encaminhada a imprensa.
Tanto vale destacar que esta é a primeira vez, na história do país, em que uma grande bancada apresenta uma mulher como candidata ao comando do Senado Federal e do Congresso Nacional.
A bancada ainda reafirma, também, o compromisso do MDB com a responsabilidade fiscal e social, com uma agenda de reformas estruturais urgentes, com a sustentabilidade ambiental, a redução das desigualdades sociais, a adoção de políticas capazes de frear o desemprego e alavancar a economia, além de um amplo programa nacional de imunização contra a covid-19.
HISTÓRIA
Simone Nassar Tebet (Três Lagoas, 22 de fevereiro de 1970) é uma advogada, professora e política brasileira, atualmente Senadora da República pelo estado do Mato Grosso do Sul, eleita pelo MDB, seu primeiro e único partido.
Filha do político Ramez Tebet, senador e ex-presidente do Congresso Nacional falecido em 2006, vinda de tradicional família árabe-brasileira de Três Lagoas, formou-se em Direito pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. É especialista em Ciência do Direito pela Escola Superior de Magistratura; mestre em Direito do Estado, pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.
Começou a lecionar em universidades no ano de 1992,[carece de fontes] tendo trabalhado na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Universidade Católica Dom Bosco, Universidade para o Desenvolvimento do Estado e Região do Pantanal e Faculdades Integradas de Campo Grande.
Foi consultora técnica jurídica da Assembleia Legislativa do Mato Grosso do Sul entre os anos de 1995 e 1997 e foi diretora técnica legislativa entre 1997 e 2001.
Iniciou sua carreira política em 2002, ao ser eleita deputada estadual do Mato Grosso do Sul com 25.251 votos, tornando-se a mulher mais votada para o cargo naquele ano.
Foi eleita prefeita de Três Lagoas nas eleições de 2004, tornando-se a primeira mulher a ocupar o cargo. Em 2008, reelegeu-se para o posto com mais de 75% dos votos.
No ano de 2010, renunciou à prefeitura para entrar na chapa de André Puccinelli ao governo do Mato Grosso do Sul. Dessa forma, foi eleita a primeira mulher vice-governadora do estado. Entre abril de 2013 e janeiro de 2014, Simone chefiou a Secretaria de Governo.
Nas eleições de 2014, foi eleita senadora pelo Mato Grosso do Sul.
Nas eleições de 2018, após a prisão do então candidato ao governo do estado, André Puccinelli, Simone foi indicada candidata a governadora. Porém, desistiu da disputa por questões familiares.
Simone Tebet foi, ainda, diretora de assuntos municipalistas da Associação dos Municípios do Mato Grosso do Sul e membro do Conselho de Representação do Centro Oeste da Confederação Nacional dos Municípios.
Atuação no Senado
Em agosto de 2016, votou a favor do processo de impeachment de Dilma Rousseff, em dezembro daquele mesmo ano, votou a favor da PEC do Teto dos Gastos Públicos. Nas eleições para a presidência do Senado Federal do Brasil, Simone esteve como pré-candidata à presidente da casa. Porém, seu partido indicou o senador Eunício Oliveira para disputar tal cargo. Em julho de 2017, a senadora votou a favor da reforma trabalhista
Em outubro de 2017 votou a favor da manutenção do mandato do senador Aécio Neves derrubando decisão da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal no processo onde ele é acusado de corrupção e obstrução da justiça por solicitar dois milhões de reais ao empresário Joesley Batista.
Em abril de 2018 foi escolhida líder da bancada do MDB no Senado Federal, a maior naquela casa. Cargo que desempenhou até janeiro de 2019.
Em 2019, a senadora disputou a indicação de seu partido para a candidatura à presidência do Senado Federal. No entanto, Renan Calheiros foi indicado, perdendo a eleição entre os seus correligionários por 7 votos a 5. Posteriormente, Simone lançou candidatura avulsa ao cargo, mas acabou desistindo para aumentar as chances de uma vitória de Davi Alcolumbre (DEM) sobre Renan Calheiros, o que acabou se concretizando.
No mesmo ano, foi eleita presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania, a mais importante da casa, tornando-se a primeira mulher a presidir o colegiado. A indicação de Simone para a presidência da comissão foi bem aceita pelos colegas senadores, além de ter agradado ao Palácio do Planalto.
Em junho de 2019, votou contra o Decreto das Armas do governo, que flexibilizava porte e posse para o cidadão.
Também em 2019, após decisão de um júri especializado, Simone Tebet recebeu o título de melhor senadora do país no Prêmio Congresso em Foco pelo segundo ano consecutivo. Em 2020, a senadora Simone Tebet foi novamente selecionada entre os "100 Cabeças do Congresso", conferido pelo DIAP aos parlamentares que conseguem se diferenciar dos demais pelo exercício de qualidades e habilidades. Simone recebe o título há quatro anos consecutivos, desde 2017. Ela é reconhecida pela sua característica de formuladora. Ou seja, está entre os parlamentares mais atuantes nos debates e proposições e entre os influentes na determinação da agenda do Congresso Nacional. Em 2016, após o primeiro ano de mandato, foi incluída como parlamentar em ascensão.
Em janeiro de 2021, foi indicada pelo seu partido para disputar a Presidência do Senado.