Nesta sexta-feira (8), durante uma reunião, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que rompeu sua neutralidade na eleição para presidência do Senado e que irá apoiar Rodrigo Pacheco (DEM-MG).
Pacheco é apadrinhado pelo atual presidente da Casa, senador Davi Alcolumbre (DEM-AP).
O encontro da tarde de ontem havia sido pedido por Bezerra, que transmitiria a insatisfação da bancada do MDB com a postura de Bolsonaro. Apesar de ter declarado neutralidade, o presidente estaria sendo leniente com Alcolumbre e Pacheco. Os dois senadores estariam usando a influência do governo nas negociações.
Bezerra afirmou que a bancada do MDB vai aumentar no início da próxima semana – provavelmente com a filiação de Veneziano Vital do Rêgo (PSB-PB) e Rose de Freitas (Podemos-ES) – e que já há acerto com PSDB e Podemos. Ele ainda disse que as contas do MDB, com mais senadores avulsos, indicam 37 votos. Bolsonaro teria apenas dito que não mudaria sua posição.
Por outro lado, ganham força os outros dois pré-candidatos, o líder da bancada, Eduardo Braga (MDB-AM); e a presidente da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), Simone Tebet (MDB-MS), considerada mais independente. Simone tem grandes chances de receber os votos do movimento suprapartidário Muda Senado.
(*) valor.globo